O "quase" namorado

Não, esse não é um post de despedida da solteirice, nem nada.

Segue um fragmento do diálogo que foi o embrião dessa postagem para que vocês entendam.

“Durante uma conversa pelo celular...

- Apesar de termos um relacionamento muito bom em vários sentidos, existem algumas circunstâncias que descaracterizam nosso envolvimento como namoro.

- Heim??? (minha voz de completa indignação)

- É sim, embora tendo muito carinho, incrível compatibilidade sexual (entenda como um verdadeiro furação), um forte laço de amizade e afinidades em comum, em contra partida não existe para ambos a perda da individualidade que é comum a um namoro. Existem limites que são respeitados.

- Quer dizer então que não há a parte chata do estar em um compromisso sério? (minha vã tentativa de interpretar o que estava ouvindo)

- Não temos o mesmo círculo de amizades, não temos liberdade suficiente um com o outro nas respectivas casas, não temos a obrigatoriedade de estarmos juntos a todo instante, não possamos de casal com outras pessoas. Essa é a parte burocrática de estar namorando, mesmo havendo a cobrança da “pseudo” fidelidade, falta isso para receber essa denominação.  Só ficamos, NADA além disso. 

Silêncio mortal na ligação...”

Para tudo!!!! Antes de continuarmos, segue a definição da palavra quase que busquei no Santo Google, amém!:

QUASE: Aproximadamente, próximo, perto; por pouco; por um triz; a ponto de; na iminência de.

Agora podemos continuar...

Moçoilas de plantão, eu sei que ás vezes a vontade de ter alguém é graaaaande, que a seca nos faz ter alucinações, mas mantenha os pezinhos no chão, a cabeça no pescoço e de preferência com o cérebro dentro. Cheguei à conclusão que: não é porque você está saindo com alguém há uma semana, um mês ou até mesmo um ano que está quase namorando. Mesmo que os encontros sejam freqüentes e que você acredite que está quase lá, tenha cuidado, ou melhor, acorde!

Percebi que se pode sair com alguém até por um ano e isso não necessariamente significar que seja “quase namoro”. Como puderam acompanhar na conversa acima acabei de quebrar a cara porque “achei” estar vivendo algo que não existia. Todos os sinais indicavam namoro ou, no mínimo, um quase namoro. Caí para trás quando o cara me chamou de louca porque insinuei que estávamos namorando. Fiquei  com ar de idiota e se estivesse me vendo também com cara de paisagem e pensando… “mas eu achei que…” Acho até que cheguei  a balbuciar alguma coisa nesse sentido.

Muitas vezes, os homens têm o péssimo hábito de não deixarem as coisas exatamente tudo às claras, ou pior, aliado a nossa bela e fértil imaginação de achar o que não tem pra achar, acaba resultando em choro, muito choro. Já que não poderia ser diferente, muito obrigada por me derrubar das nuvens em que me encontrava e fazer interpretar verdadeiramente os sinais de que não temos nada. Mais uma vez obrigada... Realmente, creio que deva ser a piada do mês. 

PS: Peguei mesmo o dia dos meninos!!! Prometo que foi só uma troca de dia, amanhã a cuecada vai estar por aqui... Precisava dividir com vocês mais um tópico da “Verdade Nua e Crua” na minha vida.