Normalmente, sempre ouvimos o lado de quem foi traído em um relacionamento nunca sabemos o que acontece com a outra parte envolvida na situação. Hoje abri espaço para receber o depoimento de uma leitora que viveu o outro lado da traição, sim estou falando em ser amante! E aí pessoal? O que torna tão interessante uma relação assim???
“Nem tudo na vida é como se quer, quando comecei a me relacionar com Lucas* também não era exatamente o que eu queria. Ele era casado. Foi do tipo de coisa que não tem explicação, uma atração irresistível, uma química incrível. Começou com um chopp inocente depois do trabalho e terminou por mudar nossas vidas 180º.
Inicialmente nos víamos esporadicamente, um chopp + motel depois do trabalho, até um final de semana em que a mulher dele viajaria e ele me chamou pra ficarmos juntos (na casa dele). Não sei exatamente o que houve, mas algo mudou naqueles dias (ou só se intensificou), não só pra mim, pra ele também. Sabendo que não poderia me apaixonar por ele, mantinha certa distância, não ligava, fingia não ouvir determinadas coisas... mas depois desse final de semana as coisas mudaram dramaticamente.
Trabalhávamos próximos na época, depois desse findi ele ia me buscar todo dia depois do trabalho, ficávamos juntos até umas 21h, quando ele me deixava em casa. Passamos a conviver como um casal de namorados qualquer, até que a situação começou a me incomodar. Muito. Comecei a sair. Virava a semana em festas, baladas, bebia muito, tentando ignorar meus pensamentos. (Exclusividade??? Algumas vezes ele pediu. Nunca dei, imagina rsrs.) Acredito que por insegurança ele passou a querer falar da matriz, confesso que por vezes a sensação de superioridade em relação à ela me envaidecia, então o deixava falar mesmo. Não tinha nada contra ela não (cheguei a conhecê-la, fui apresentada como amiga dele), era uma disputa velada mesmo. Claro, muitas vezes ela suspeitou da traição, algumas vezes ligava quando estávamos juntos, certa vez quase deu um flagra na traição (dele né), acho que isso só incinerava mais a relação rsrs.
Depois desse período já não estávamos na mesma sintonia, eu já não estava mais tão apaixonada e ele só falava no divórcio (pensava eu que ele nunca faria isso sem falar comigo antes). Fomos passar um final de semana numa praia próxima. Tudo ia muito bem, até que domingo ele me acorda e me leva na sacada da pousada, abre a porta e avisto um outdoor com pedido de casamento (pieeeeeeeeeegas que dói), então me contou que havia se separado e que quis me fazer uma surpresa. Depois de passar o choque botei todas as cartas na mesa e "terminei" o que tínhamos oficialmente, mas por muito tempo não conseguimos seguir em frente, o sexo era bom, incrível, uma química que se encontra uma ou duas vezes na vida. Ainda sinto falta daquele sexo, ah, como sinto, nunca mais encontrei nem parecido.
Esse período, pós "pedido de casamento" foi extremamente destrutivo, terminamos uma relação que tinha sido muito legal por três anos, brigados. Já fazem uns cinco anos e nunca mais nos falamos.
Não posso falar de forma alguma que foi uma experiência negativa, amadureci 20 anos em 3. Tivemos momentos incríveis, mas estávamos em situações e momentos distintos, tudo nasce, amadurece e morre, inclusive relacionamentos. Minha única mágoa é ter chegado ao fim brigados , mas acho que nunca conseguiríamos ser amigos, mesmo rsrs.
Antecipando a resposta de uma pergunta padrão (que sempre ouço quando conto isso): Tenho consciência sim, mas quem tinha compromisso era ele, não eu, se ele não estava se importando, quem era eu pra me incomodar?
E que venham as pedradas.
Gi, 32a.”
Inicialmente nos víamos esporadicamente, um chopp + motel depois do trabalho, até um final de semana em que a mulher dele viajaria e ele me chamou pra ficarmos juntos (na casa dele). Não sei exatamente o que houve, mas algo mudou naqueles dias (ou só se intensificou), não só pra mim, pra ele também. Sabendo que não poderia me apaixonar por ele, mantinha certa distância, não ligava, fingia não ouvir determinadas coisas... mas depois desse final de semana as coisas mudaram dramaticamente.
Trabalhávamos próximos na época, depois desse findi ele ia me buscar todo dia depois do trabalho, ficávamos juntos até umas 21h, quando ele me deixava em casa. Passamos a conviver como um casal de namorados qualquer, até que a situação começou a me incomodar. Muito. Comecei a sair. Virava a semana em festas, baladas, bebia muito, tentando ignorar meus pensamentos. (Exclusividade??? Algumas vezes ele pediu. Nunca dei, imagina rsrs.) Acredito que por insegurança ele passou a querer falar da matriz, confesso que por vezes a sensação de superioridade em relação à ela me envaidecia, então o deixava falar mesmo. Não tinha nada contra ela não (cheguei a conhecê-la, fui apresentada como amiga dele), era uma disputa velada mesmo. Claro, muitas vezes ela suspeitou da traição, algumas vezes ligava quando estávamos juntos, certa vez quase deu um flagra na traição (dele né), acho que isso só incinerava mais a relação rsrs.
Depois desse período já não estávamos na mesma sintonia, eu já não estava mais tão apaixonada e ele só falava no divórcio (pensava eu que ele nunca faria isso sem falar comigo antes). Fomos passar um final de semana numa praia próxima. Tudo ia muito bem, até que domingo ele me acorda e me leva na sacada da pousada, abre a porta e avisto um outdoor com pedido de casamento (pieeeeeeeeeegas que dói), então me contou que havia se separado e que quis me fazer uma surpresa. Depois de passar o choque botei todas as cartas na mesa e "terminei" o que tínhamos oficialmente, mas por muito tempo não conseguimos seguir em frente, o sexo era bom, incrível, uma química que se encontra uma ou duas vezes na vida. Ainda sinto falta daquele sexo, ah, como sinto, nunca mais encontrei nem parecido.
Esse período, pós "pedido de casamento" foi extremamente destrutivo, terminamos uma relação que tinha sido muito legal por três anos, brigados. Já fazem uns cinco anos e nunca mais nos falamos.
Não posso falar de forma alguma que foi uma experiência negativa, amadureci 20 anos em 3. Tivemos momentos incríveis, mas estávamos em situações e momentos distintos, tudo nasce, amadurece e morre, inclusive relacionamentos. Minha única mágoa é ter chegado ao fim brigados , mas acho que nunca conseguiríamos ser amigos, mesmo rsrs.
Antecipando a resposta de uma pergunta padrão (que sempre ouço quando conto isso): Tenho consciência sim, mas quem tinha compromisso era ele, não eu, se ele não estava se importando, quem era eu pra me incomodar?
E que venham as pedradas.
Gi, 32a.”
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