Quero ser criança!


Ontem tive uma reunião muito chata no trabalho, fiquei tão cansada que não consegui nem escrever para vocês, mais anotei a idéia que tive por lá (pelo menos serviu pra alguma coisa o martírio)  já que estávamos relembrando como era ser criança. Pesquisando no meu arquivo morto (meu cérebro), veio a memória um livro que fui obrigada a ler na época do colégio para fazer um trabalho, milagrosamente era muito legal e me marcou muito: “Quando eu voltar a ser criança” de Janusz Korczak, apesar do nome complicado do autor que acho que é daquela forma que se escreve, é uma leitura muito prazerosa. Fala sobre como queremos tantos crescer quando criança pra depois na vida adulta desejarmos novamente a infância, não vou ficar contando os segredos do livro, não quero estragar a magia da história e assim deixo-os curiosos para lerem, garanto que não se arrependerão...
Uma das coisas que mais me lembro quando era pequena é que pensava muitas vezes sobre o que faria quando crescesse. Fazia grandes planos. O principal é que seria rica (nem me perguntem como!) e casaria com um lindo príncipe de olhos azuis, como podem deduzir, nada disso aconteceu...  Já gastei uma fortuna jogando na mega-sena e os príncipes sempre viraram sapos depois de alguns meses. Não tive grandes feitos e nunca ganhei um pônei no Natal, sempre sonhei com um, onde iria colocá-lo? Engraçado, na época a resposta era tão simples: no quintal de casa, fazendo inveja para todos os coleguinhas da escola...  A crueldade infantil é fogo!
Lembro-me também de cheiros, meus maiores vícios são lápis de cor de 36 cores (dá pra imaginar!) e giz de cera daquele mais parudinho. O melhor aroma do mundo! Outro dia tive que comprar uma caixa para colorir e acabei com um dos meus maiores traumas de infância, a conquista da caixa com 48 cores! Fiquei em êxtase, nunca cheirei tanto na minha vida!!! hahahaha . Aquelas fragrâncias me levaram novamente a ter aquela percepção infantil de viver o dia como se fosse o ultimo, onde todos os problemas se resolviam com um sorvete de chocolate, é disso que sinto mais falta. Acho que se soubéssemos antes como é duro crescer, escolheríamos viver na “Terra do Nunca” pra sempre...


2 comentários:

Unknown disse...

puxa, como é bom ser criança mesmo, onde nosa mente em questão de segundo muda o foco completamente, como vc disse, tudo se resolvia com um sorvete.
a mesma lembrança que tem com os cheiros eu tenho em relação a música, ó.. sempre a música, canções romenticas que embalavam na década de oitenta, hits que que tocavam a cada 10 minutos nas rádios, enfima, essas músicas me remetem completamente a momentos de minha infância

Eri disse...

As vezes eu me pegava viajando pelas lembranças da infância...
Sem entender muito bem o porque.
Depois de bastante tempo entendi...
Quando crianças nos admiramos, nos entregamos, confiamos.
Dá uma ordem a criança...ela faz
Conta uma história... ela acredita
Depois crescemos, vamos em busca
da famosa liberdade e somos impactados com tantos pesares na vida que o coração vai criando paredes, tornando-se aos poucos pedra...
Vamos deixando de acreditar nas pessoas e encontrar alguém que podemos confiar é raro.
Eu quero ser criança também! Derreter a geleira que a vida deixou meu coração e dar espaço pra se espantar como uma criança se espanta a primeira vez que vê algo!

Daniele, amei!!! Vou seguir
Bjos

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