Versão masculina


Até bem recentemente, ser cafajeste era o mesmo que não gostar de mulher. Os 'cafas' de outras eras deixavam bem claro o quanto desprezavam o sexo feminino. Misóginos ao extremo. Não é nosso caso. Nós, os modernos, gostamos de mulher; ou melhor, de mulheres. Esse plural é que nos mata.

Os da geração passada batiam no peito e gritavam a plenos pulmões aquilo que eram. Não por orgulho, mas por afirmação. Tudo para fazer parte do grupo.

Nós, cafajestes modernos, não fazemos questão de fazer parte desta ou daquela turma. O importante, mesmo, é ter mulher por perto.

Fingimos gostar de poesia, bossa nova, artes plásticas ou qualquer outra coisa intragável, tudo isso somente para faturar uma garota.

Muitas mulheres dizem que não gostam de cafajestes, mas isso é quase sempre mentira. Claro que gostam. Mulher odeia mocorongo, odeia homem bobo, odeia Zé Mané. Mas também não gostam de ser enganadas, não acham nada bacana estar ao lado de um espertalhão.

A equação parece complexa, mas na verdade é bem simples. Basta fazer um teatrinho. Somos cafajestes, elas bem sabem, mas fingimos que não. E pronto. Tudo resolvido.

O verdadeiro cafajeste moderno não se parece em nada com o 'antigo cafajeste'. Tudo bem que ambos pisam feio no tomate, mas cada qual em seu campo.

Enquanto os de antigamente eram machistas, misóginos e prepotentes; os de agora são gentis, carinhosos e companheiros. Só não conseguem ter apenas uma mulher.

Somos compreensivos em relação às complexidades femininas, como a TPM, a grande necessidade de chocolates ou mesmo o furor uterino provocado em grandes liquidações. Pedimos, portanto, que as moças também saibam entender esse nosso jeitinho heterodoxo.
Daí ninguém briga!
Por Gravata 

*Todas as quartas o espaço é dos homens aqui no blog, quem quiser participar é só mandar um email para v.nuaecrua@bol.com.br

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